Fratellada,
como não poderíamos deixar de fazer, à todo palmeirense dedicamos nosso
AGRADECIMENTO pela torcida fervorosa ao longo do campeonato. Fazemos agora uma análise completa do que foi o time nesse brasileiro, da defesa ao ataque, passando por diretoria e comissão. Esse é longo, pra ler aos poucos, então vamos lá:
DEFESA
Como já ressaltamos
aqui inúmeras vezes, um dos fundamentos principais do futebol
moderno é uma defesa sólida. Aqui vale uma ressalva: o povo e
comentaristas brasileiros deitam elogios prum drible ou jogada de
ataque, mas deixam longe a observação sobre as virtudes defensivas.
Sim, uma defesa ganha
campeonato e nesse ano tivemos a defesa mais forte desde Antônio
Carlos e Clébão na década de 90. Aliás, vários números desse
time remetem às conquistas daquele período. Vamos começar pelo
início, o goleiro.
Vamos lá: qual outro
time do campeonato teve seu titular arrebentado, seu reserva imediato
não se firmando e seu terceiro reserva explodindo como revelação
sensacional irrefutável até ao mais crítico analista? Jaílson é
o nome da fera e não há Palmeirense NO MUNDO que não reconheça
sua importância como PEÇA CHAVE na conquista desse título, pela
segurança tremenda que passou em momentos chave e de muita pressão.
Jaílson, nosso TÍTULO começou com você.
ZAGA
Ponto fundamental na
espinha dorsal do time, viemos com a segurança de um Victor Hugo já
dono da posição e que apenas confirmou sua titularidade ao longo de
todo campeonato, a experiência do Edu Dracena que corresponde bem em
momentos chave, provando que é fundamental mais do que uma dupla de
zaga pra ver o setor funcionar num campeonato de longo prazo.
Mas a grande sensação
foi mesmo o colombiano Yerri Mina que apresentou um futebolzaço,
maiúsculo e imperativo, formando ao lado do Victor Hugo uma das
melhores zagas que já tivemos. Muito seguro em posicionamento,
exímia técnica, e também faz gols! Jogadorzaço, um dos maiores
acertos de contratação da diretoria, sem dúvida. Pra completar, a
juventude do Thiago Martins, que tampouco deixou a peteca cair quando
foi acionado. Está aí a base de nossa conquista, uma baita defesa.
VOLÂNCIA
Mas defesa não é só
zaga, mas também volantes e laterais (essencialmente). Então falamos
aqui dos volantes, que logicamente atuam na volância... mais uma
ressalva: por volantes entende-se um posicionamento duplo “contenção/
saída de jogo” onde cada jogador tem função bem definida.
Pois bem, estávamos
muito bem servidos com Gabriel e Arouca, dois grandes volantes de
contenção. Mas então se machucaram. Mas ainda assim tínhamos
Matheus Salles e Thiago Santos.
Mas foi com a vinda do
Tchêtchê e a entrada do Moisés que tudo mudou. Aqui temos uma das
principais atuações do técnico Cuca, ao utilizar o Tchetchê como
volante “líbero” com liberdade pra subir ao lado do Moisés,
meia de origem que se mostrou polivalente ao ser recuado à marcação,
mas também auxiliando na saída de bola. Isso sem contar com seu
arremesso lateral, eficiente, embora causasse o desgosto de
comentaristas.
Ou seja, pela primeira
vez em décadas jogamos com uma dupla de volantes sem que um deles
fosse de contenção nato. E mesmo assim conseguimos ser o time com
menor número de gols sofridos no campeonato! Sensacional, Cuca! Não
sei porque poucos comentaristas observaram isso, mas foi outra chave
para o desempenho da equipe.
LATERAIS
Outro setor que explica
a segurança na defesa. Jean teve um desempenho muito importante,
jogando até no meio quando necessário. Subindo só na boa, manteve
a estrutura defensiva mesmo em contra ataques adversários.
Não tivemos grande
excelência ofensiva pelo setor, mas ficamos sólidos na defesa.
Fabiano, deu calafrios nas primeiras partidas e parecia ser o ponto
fraco. Mas o Cuca soube dar-lhe oportunidade e não é que o rapaz
não desapontou? Ajudou no que pode, liberando o Jean pro meio quando
precisamos.
Na esquerda tivemos Zé
Roberto e Egídio. Talvez seja nesse setor boa parte de nossas
brechas, o Egídio sempre mais esforçado do que eficiente e o Zé
Roberto muito bem e seguro, mas menos presente do que gostaríamos.
Não tivemos tanta força nas laterais, mas conseguimos segurar bem o
tranco.
MEIO CAMPO
Consideramos os homens
de meio campo ofensivo, enquanto a volância é mais defensiva, ainda
que participe essencialmente do ataque também. Aqui nossos
principais, Dudu, Allione, Barrios, Rafael Marques e Cleiton Xavier.
Esse pode ser o setor
onde mais qualidade seria esperada do que efetivamente tivemos. Fora
o Dudu que apesar de um momento de queda de rendimento foi sabiamente
alçado à capitão e já retomou excelente desempenho, nenhum dos
outros citados conseguiram se firmar, com alguma ressalva ao Cleiton
Xavier, que joga na base da insistência, mas não que tenha
incorporado o que realmente esperávamos dele com a 10.
Allione até jogou bem
quando foi solicitado. Barrios, ainda com algumas participações
satisfatórias ficou a maior parte do campeonato contundido e Raphael
Marques simplesmente foi um bom reserva. É nesse setor (além de um
lateral e um atacante) que concentraria os reforços pra próxima
temporada.
ATAQUE
Considerando pro ataque
Gabriel Jesus, Roger Guedes, Erik e Alecsandro, vemos alguma
diferença. Gabriel Jesus teve me 2016 o ano de sua vida (até
então). Explodiu meteoricamente, sendo vendido ao Manchester City
ainda no meio do ano, mas numa jogada excepcional da diretoria, ainda
permaneceu até o fim da temporada.
Com certeza seu
rendimento também foi prejudicado por inúmeras convocações à
seleção, mas não resta dúvida que num compto geral sua
permanência foi extremamente positiva. Mesmo porque também fomos
prejudicados pela palhaçada do doping errado em cima do Alecsandro,
que os tirou de nós quando vinha em bom físico. Voltou com menos
rapidez que antes, algo normal de acontecer até que se retome o
físico e ritmo de jogo.
Além dele o Erik,
outro que também mostra mais disposição do que tecnica, imprime
velocidade e tem bom posicionamento tático, mas finaliza com pouca
eficiência, algo fundamental à sua posição. Finalizando o Roger
Guedes, de quem eu até esperava um futebol no mesmo nível do
Gabriel e quem ainda acho que sob a batuta firme do Cuca pode
melhorar e evoluir muito em seu futebol. Boa esperança pra 2017.
TÉCNICO

Excelente. Chegou –
pra variar – num turbilhão, após a saída do Marcelo Oliveira, a
qual achei que teria sido até precipitada. Os resultados iniciais do
Cuca forma horríveis, várias derrotas seguidas, mas assim como uma
grande equipe se forja na dificuldade, assim o Cuca conseguiu
contornar os problemas e montar uma grande equipe, com base na
regularidade, eficiência técnica e um elenco preparado sob medida
pra competição de longo prazo como o Brasileiro.
Soube montar o time com
toques seguros, defesa compacta, saída rápida e eficiente ao
ataque. Parabéns Cuca! És desejo UNÂNIME da torcida pra 2017, algo
raríssimo de acontecer pelas críticas alamedas palestrinas. Você é
o cara.
DEPARTAMENTO MÉDICO
Foi tratado com esbulho
pelo jornalismo grotesco que estrebucha no chão por audiência e
depois aparece com cara de paspalho pedindo desculpa. Apesar de
odiado por torcedores que acham ali a culpa pela demora em
recuperação de jogadores, é vítima de um tremendo mal entendido
por falta de esclarecimento acerca do que realmente acontece com os
jogadores, que muitas vezes vai além da recuperação física, ainda
que isso não seja de interesse do clube para divulgação.
A verdade é que o
Palmeiras conta hoje com o que há de MAIS MODERNO para prepação,
análise e recuperação física, com profissionais topo de linha pra
cuidar da área, chamados que são inclusive, para conferências
acerca dos métodos mais recentes de tratamento.
DIRETORIA
Aqui podemos considerar
o trabalho do diretor de futebol, Alexandre Mattos e equipe. É
difícil julgar sem saber pormenores das internas, mas podemos
avaliar um bom nível de contratações e principalmente a manutenção
de motivação no elenco após a famigerada janela européia que,
quando não leva talentos deixa insatisfeitos. Saber contornar essas
situações exige muito tato e conversa, outro talento fundamental ao
diretor de futebol, além das contratações.
PRESIDÊNCIA
Com todo respeito, aqui
um dos nossos pontos mais altos. Paulo Nobre foi para o Palmeiras o
que todo torcedor, de qualquer time nacional (e internacional)
gostaria que seu presidente fosse: rico, dedicado e inteligente.
Capaz não só de
equalizar as dívidas do clube como aumentar exponencialmente suas
receitas com patrocínios vultosos, além do sucesso com o programa
sócio torcedor e a vitória estrondosa em cima da Wtorres sobre o
direito de comercialização das cadeiras.
Além disso, reformulou
todo o clube com base no plano de excelência, colocando
profissionais competentes bem pagos e bem cobrados pela eficiência
em sua função. Dos profissionais de análise de dados de jogadores
pré-contratação (fundamental), ao uso de softwares pra leitura de
todo big data. Dos equipamentos à grande reforma no CT, ao custo de
alguns milhões de reais dados de presente ao Palmeiras, pagos do
próprio bolso.
Isso sem contar nas
demonstrações de grande paixão (que na verdade só os aproxima de
nós mortais de sangue quente palestrino) expulsando adversário de
nossos camarotes e ainda fazendo troça com a patética câmera
Torres no próprio camarote presidencial, além do fabuloso jatinho,
o AIR PORK ONE, fundamental na presença de jogadores importantes pós
convocação. Inigualável.
Essas e outras fazem do
Paulo Nobre sem dúvida alguma um dos maiores presidentes que o
Palmeiras já teve, da estatura de um Dante Delmanto, um Paschoal
Byron Giuliano ou Delfino Facchina. Gigante, na época em que mais
precisamos de um. Que as cruéis, excruciantes e terríveis lições
de outrora tenham sido aprendidas e as luzes que brilham hoje sobre
nosso escudo em seu protagonismo nacional jamais deixem de se apagar.
O caminho está trilhado, pavimentado e bem iluminado.
O ALLIANZ PARQUE
Nenhum estádio desse país é tão temido quanto o Allianz Parque servindo de casa para o Palmeiras. Melhor, ganhamos finalmente da Wtorre o direito sobre as cadeiras, que nos assegurou não sermos passados pra trás numa picaretagem esdrúxula. O que já era nosso ficou garantido e a torcida, encantada com sua fabulosa (e invejada) casa, abarrota suas dependências, num espetáculo de emocionar qualquer um!
A FAMÍLIA PALMEIRAS
Finalizando pelo melhor, essa FAMÍLIA PALMEIRAS que se formou a partir da volta à sua casa e a forma como o time responde bem a isso. Não sei se pela arquitetura nova ou pela elitização (associados Avanti), a verdade é que o estádio hoje parece ocupado por torcedores de verdade, que embora continuem críticos, apoiam como há muito não se via. Bola cantada, jogada de mestre o aproveitamento do conceito FAMÍLIA, que dá ao torcedor o pertencimento que ele deseja. Que se amplie e reforce cada vez mais.
PALMEIRAS, MEU
PALMEIRAS, MEU PALMEEEEEIRAS!!!